A educação física desenvolve o corpo, enquanto a música equilibra as emoções e melhora a concentração, proporcionando um impacto significativo no aprendizado geral dos alunos. Estudos demonstram que as aulas de música, especialmente quando iniciadas na infância, contribuem para o desenvolvimento cerebral, aumentando a capacidade de raciocínio lógico e espacial. Segundo pesquisadores da Universidade da Califórnia, crianças que estudam música têm um desempenho 34% melhor em testes de raciocínio espacial em comparação àquelas que não recebem instrução musical.
Além de aumentar a capacidade intelectual, o ensino da música também melhora o desempenho em outras áreas, como a matemática. A música proporciona um ambiente enriquecido de aprendizagem, aprimorando a concentração, a memória e a expressão corporal dos alunos. Ao integrar o corpo e a mente, a música favorece o desenvolvimento emocional, promovendo maior segurança e autoestima nas crianças.
A introdução da música nas escolas brasileiras remonta ao tempo de Heitor Villa-Lobos, quando a disciplina de música era parte integrante do currículo escolar. Com a aprovação da Lei 11.769 de 2008, que torna obrigatório o ensino de música nas escolas de ensino básico, novos desafios surgiram. Entre eles, destacam-se a necessidade de formação de professores capacitados e a adaptação das metodologias e repertórios utilizados. A música, embora possa ser uma ferramenta de ensino individualizada, também é aplicada de maneira coletiva, integrando os alunos em um processo de aprendizagem colaborativo e criativo.
A música desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de várias competências, desde a melhoria na concentração até o estímulo ao raciocínio e à memória. O contato com a música desde cedo auxilia no aprendizado da linguagem e da matemática. Além disso, a música facilita a socialização e a expressão corporal, permitindo que os estudantes aprendam a comunicar seus sentimentos de forma mais eficaz.
Dessa forma, a música, quando integrada ao processo educacional, vai além do aprendizado técnico. Ela se torna uma ferramenta poderosa de desenvolvimento cognitivo, emocional e social, contribuindo para a formação completa dos alunos e abrindo novas possibilidades de expressão e criatividade.
Por Toninho Lopes, Professor de Música
