Bandas Friburguenses: para além de patrimônios culturais (Abril/2023)

Dando início ao texto, gostaria de partilhar o pensamento do grande compositor brasileiro Heitor Villa Lobos, incansável em repetir: “A música é o motor da vida!”. E, quando se fala em Cultura e Entretenimento, não podemos deixar de falar das bandas de música que são um patrimônio cultural e, carinhosamente, trazer um olhar respeitável às bandas que fazem parte de todo o cenário friburguense.

Bandas de música que não se limitam ao ensino da música e de seus concertos. Elas marcam momentos importantes na vida das pessoas e das cidades.

E no que se refere à cidade de Nova Friburgo, o jornalista Levy Neves, no jornal “O Nova Friburgo”, de 24 de janeiro de 1942, fez a seguinte colocação:

“As bandas friburguenses são o entusiasmo festivo de todas as solenidades cívica e patriótica; são os arautos da fé nas procissões religiosas; as vozes da saudade nas exéquias dos que concorreram para a elevação da sua cidade, das instituições ou sociedades que fundaram, dirigiram ou participaram. É a alma generosa do Brasil cantando o valor de seus filhos. Apartadas, sem serem inimigas, separadas sem ódio e sem rancor, caminhando sempre por estradas diferentes, disputam, entretanto, sem cessar, o mesmo ideal de perfeição artística e do prestígio popular. ”

Levy Neves, no jornal “O Nova Friburgo” em 24 de janeiro de 1942

É importante lembrar que as bandas foram criadas para levar a música ao povo, nas praças públicas, até então exclusivamente ouvidas nas cortes e nos teatros para restritas plateias. Através delas, foram divulgados alguns gêneros musicais como polca, xote, maxixe, mazurca, valsa, marcha e dobrados. Em cada compasso, há uma história contada, e que há anos, essa história vem abrilhantando as ruas e, em especial, as ruas friburguenses.

Por Suzane Erthal, professora de Língua Portuguesa do Colégio Anchieta