No período literário romântico a criação dos folhetins popularizou a literatura brasileira, o que possibilitou um maior letramento populacional. Lamentavelmente, é perceptível a queda no número de eleitores do país, contrariando o ocorrido no Romantismo, como uma problemática atual. Desta maneira, a substituição dos livros pela influência mediática e a falta de incentivo à literatura jovem apresentam-se como agravantes do tema. Nesse viés, é importante que os fatores responsáveis pelo problema sejam solucionados, visando um melhor funcionamento social.
Primeiramente, nota-se a grande participação dos recursos de mídia no dia a dia da população como um fator que acarreta na substituição dos livros. Nesse sentido, uma pesquisa feita pelo Instituto Pró-livro apontou que entre 2019 e 2024, 6,7 milhões de leitores foram perdidos, enquanto o número de assinantes de serviços de streamings aumentou. A partir desse contexto, a importância é direcionada às obras cinematográficas, causada pela facilidade no acesso aos meios tecnológicos, gera a diminuição do interesse populacional pela literatura, uma vez que esta demanda, em muitos casos, possui um maior investimento. Logo, para que ocorra um aumento na população leitora medidas devem ser tomadas.
Ademais, o pouco incentivo à leitura direcionada a camada jovem da sociedade dificulta a mitigação do óbice, visto que muitas crianças e adolescentes não se interessam pelos materiais disponibilizados a eles. Nessa perspectiva, a similaridade da situação hodierna com o período parnasiano é perceptível, já que o estilo formal e os temas antiquados geravam uma queda no número de cidadãos que liam. Sob essa ótica, nota-se como causa principal do problema a valorização dos autores considerados clássicos em detrimento dos modernos, o que leva a pouca identificação com os temas tratados, diferentemente dos filmes que expõem a vida atual. Assim, para que soluções sejam efetivadas, ações devem ser realizadas.
Portanto, é de suma importância que projetos que visem um aumento das pessoas que leem no Brasil sejam criados. Dessa forma, cabe ao Ministério da Educação e Cultura (MEC), criar campanhas, por meio das mídias como Instagram e X, a fim de que uma maior promoção dos livros e autores de brasileiros seja feita. A partir disso, também cabe ao MEC disponibilizar nas escolas, livros contemporâneos e de interesse jovem, para que as crianças e adolescentes passem a gostar de literatura, assim como ocorrido no período romântico.
Por Alice de Jesus Lennertz, aluna da 2ª série do Ensino Médio
