Mães: O Primeiro Amor que nos Conduz ao Magis (Maio/2025)

No Casarão Amarelo, onde os tijolos guardam memórias e os corredores respiram histórias, há um eco que atravessa gerações – o amor materno. Aquele primeiro amor que nos chega sem pedir licença, que nos molda antes mesmo que entendamos o mundo. Não por acaso, a Pedagogia Inaciana, que nos guia como colégio, encontra nas mães seu mais belo exemplo vivo: educar é, antes de tudo, amar incondicionalmente.

Como esquecer que foram elas nossas primeiras mestras? Enquanto a vida ainda nos cabia no colo, elas já nos ensinavam, no silêncio de seus gestos, o que nenhum livro poderia conter. A paciência de esperar nossos primeiros passos, a coragem de enxugar nossas lágrimas, a sabedoria de nos deixar cair para que aprendêssemos a levantar. Hoje, no Colégio Anchieta, quando falamos em formação integral, em cuidar da pessoa como um todo, estamos falando justamente disso – desse amor que não separa razão de emoção, que educa com as mãos e com o coração.

Há algo de profundamente inaciano no olhar de uma mãe. Nele, reconhecemos aquela atenção plena que tanto buscamos cultivar em nossa comunidade escolar. Quantas vezes, em meio ao turbilhão da adolescência ou às dúvidas da infância, foi no porto seguro desse olhar que encontramos refúgio? Esse acolhimento que não julga, mas compreende; que não impõe, mas guia – não é exatamente o que tentamos oferecer a cada aluno que passa pelo Casarão Amarelo?

As mães nos lembram, a cada dia, que a verdadeira educação vai além das paredes da sala de aula. Ela acontece nos gestos cotidianos, nas horas de silêncio compartilhado, na coragem de deixar ir enquanto permanece como farol. Não é por acaso que, na tradição jesuíta, valorizamos tanto os encontros transformadores – porque sabemos, como sabem as mães, que é nos vínculos verdadeiros que a vida ganha seu sentido mais profundo.

Neste Dia das Mães, o Casarão Amarelo se inclina diante desse mistério tão simples e tão grandioso. Celebramos não apenas as mães biológicas, mas todas as mulheres que, com seu cuidado, escrevem histórias de amor e transformação. Que o exemplo delas continue a nos inspirar a construir uma educação que, como o amor materno, seja capaz de ver em cada aluno não apenas o que ele é, mas tudo o que ele pode vir a ser.

Afinal, como dizia Santo Inácio, “o amor deve ser colocado mais nas obras do que nas palavras”. E que obra maior do que essa que as mães realizam todos os dias, tecendo com fios invisíveis o tecido de nossas vidas?

Feliz Dia das Mães a todas que fazem parte da nossa família Anchietana. Que o Casarão Amarelo continue sendo, como vocês, um lugar onde o amor se transforma em legado.

“Onde quer que estejamos, é o amor de uma mãe que nos lembra: somos, antes de tudo, amados.”


Por Luan Canto, SEECOM.