O Caminho de Anchieta (Janeiro/2024)
O Caminho de Anchieta representou para mim uma experiência marcante que carregarei por toda a vida.
Inicialmente, senti entusiasmo ao percorrer os mesmos lugares que São José de Anchieta havia percorrido, mas, ao mesmo tempo, duvidava se conseguiria transformá-lo em uma atividade de oração. Perguntava-me como poderia manter a concentração diante de tantas distrações ao longo do caminho, especialmente diante das diversas paisagens naturais que poderiam dificultar minha concentração. Tinha receio de que minha experiência se resumisse a um simples passeio.
Na manhã do primeiro dia, essa dúvida ainda me acompanhava, mas foi superada assim que cheguei ao Convento Nossa Senhora da Penha. Foi lá, durante nossas primeiras orações, que entrei em um estado de comunhão que persistia mesmo nos momentos de compartilhamento ou conversas casuais. A cada dia, esse estado tornava-se mais constante e intenso. Houve momentos de euforia e dificuldades, momentos em que cogitei desistir. No entanto, o apoio das pessoas que generosamente doaram seu tempo para nos auxiliar era renovador. A atitude delas revelava a providência e o amor de Deus, pois agiam sem esperar nada em troca.
Caminhar pelos mesmos caminhos percorridos por um santo mexe realmente com o coração, levando-nos a refletir sobre toda a nossa vida. Posso afirmar, sem medo de errar, que nunca orei tão intensamente por Deus, Nossa Senhora e São José de Anchieta, com quem acredito ter iniciado uma bela relação de amizade.
Expresso minha gratidão a todos, especialmente ao Colégio Anchieta, à Angélica e ao Padre Ponciano, por possibilitarem essa experiência tão enriquecedora.
Por Fernando Chabudt de Freitas, Agente de Pastoral