O problema da violência urbana em questão no Brasil (Setembro/2023)

Na série “Bom dia, Verônica”, é abordada a violência presente nas cidades, como o Rio de Janeiro que é cenário de assaltos, tráfico e estupro. Infelizmente, essa situação não se limita somente às telas, visto que, devido à desigualdade social e à educação pública precária, a violência urbana se tornou um problema. Consequentemente, assaltos e tráfico ocorrem nas cidades. Logo, urge a intervenção do Estado, a fim de reverter esse impasse. 

   Sob esse viés, é notória a desigualdade social como fator que desencadeia a violência urbana, a exemplo da cidade do Rio de Janeiro, onde ocorrem 30 roubos de carga por dia – de acordo com a CNT. Nessa perspectiva, compreende-se que a violência urbana, motivada pela desigualdade social, configura-se como um cenário propício à alta ocorrência de assaltos já existentes nas cidades, visto que há falta de oportunidades de ascensão social aos cidadãos das classes mais baixas. Em consequência, roubos são recorrentes para que os indivíduos tenham oportunidade do que comer, por exemplo. Apesar de a Constituição de 1988 garantir a todos direito à segurança, a realidade se contrapõe ao acordado enquanto a problemática da violência urbana é persistente. Portanto, a intervenção estatal é necessária para amenizar esse impasse. 

   Além disso, a educação pública precária é um dos fatores que possibilitam a persistência da violência urbana no contexto brasileiro. Em analogia a Thomas Robbes, que diz que os projetos estatais promovem a ordem social, educação de qualidade amenizaria os problemas de violência nas cidades hoje, assim como as taxas de criminalidade diminuíram no governo Getúlio Vargas, devido à promoção de estudo gratuito à população brasileira. Nesse sentido, o tráfico apresenta-se como uma triste consequência da falta de educação de qualidade, pois os estudos permitiriam a ascensão social, mas a realidade de precariedade educacional não possibilita que isso ocorra. Consequentemente, jovens entram no tráfico, porque, no meio periférico, é a oportunidade de ganhar dinheiro e ter melhores condições de vida. Dessa forma, o governo deve criar medidas que permitam a resolução dessa problemática. 

   Diante disso, o governo federal, por meio do Poder Legislativo, deverá propor um projeto de lei à Câmara dos Deputados, de modo que sejam realizados programas de cursos técnicos gratuitos em áreas periféricas do país. Assim, a possibilidade de ascensão social será promovida aos mais pobres e, em consequência, amenizada a violência urbana. Dessa maneira, gradualmente será revertido o quadro semelhante à série “Bom dia, Verônica” e driblado o impasse de perigos das cidades.

Por Maria Clara Vassalo, Antiga Aluna.