No livro “Envelhescência”, são apresentados diversos relatos de pessoas idosas sobre o preconceito e as dificuldades que enfrentam diariamente para que sejam inseridos na sociedade. Dessa forma, o contexto representado na obra se assemelha ao cenário atual da nova configuração da população de idosos no Brasil, em que sofrem com os desafios para que ela seja valorizada; como o etarismo e os problemas consequentes relacionados ao mercado de trabalho.
Em primeira análise, é preciso salientar como o sistema de considerar pessoas com idade igual ou superior a 60 anos idosas pode gerar complicações em relação a trabalho, principalmente no futuro. Uma vez que a pirâmide etária apresenta um número crescente maior de membros da terceira idade do que adolescentes, demonstra-se essencial uma modificação na configuração da população idosa. No entanto, ao mesmo tempo que grande parte desse grupo apresenta-se em condições de trabalhar, no momento em que não estiverem mais em condições, essa população envelhecida passará por problemas de financiamento de aposentadoria e cuidados.
Além disso, outro grande desafio relacionado à valorização do novo sistema é o etarismo. Assim como é representado no filme “A substância”, a inclusão social de pessoas idosas pode ser desafiada por conta do preconceito estrutural, da mesma forma que a personagem da obra é demitida e excluída de diversos programas de televisão por ter envelhecido. Fora da ficção, esse grupo enfrenta problemas semelhantes, o que faz com que o conceito de valorização apresente falhas.
Assim, para solucionar os desafios para valorizar socialmente a nova configuração da população idosa no Brasil, o governo deve promover ações para que jovens e membros da terceira idade sejam inseridos no mercado de trabalho, por meio de adaptações que incluam as condições apresentadas por ambos os grupos, pois, principalmente idosos, talvez demonstrem problemas relacionados à acessibilidade. Ademais, o governo também deve realizar projetos de incentivo às pessoas idosas e de conscientização, para que, assim, estejam em um meio digno e de respeito para trabalhar e estudar.
Por Luca Balbi El-Jaick, aluno da 1ª Série do Ensino Médio
