Turma da 4ª série ginasial de 1968 se reúne, anualmente, para reviver os momentos da juventude que passaram no Colégio Anchieta.
Alunos que foram da época dos Tapetes de Areia, das Procissões à Virgem Maria, das Ações Comunitárias, das Campanhas de Vendas de Terços para erguer o Santuário à Nossa Senhora, da Campanha de doações para a construção do Colégio Pré Anchieta, dos desfiles no dia da cidade, das peladas no campo da capela, do vôlei e basquete na quadra de baixo, das idas e vindas ao Chatô de Monnerat, onde durante o dia tinha o banho de piscina natural, e jogo de pipocão, a noite ocorriam as guerras de travesseiros. Tantos foram os bons momentos vividos.
Lembranças vem à mente do Irmão Conci, que tratava da enorme horta no terreno ao lado do Colégio, e do cão negro de nome Pajé, que tomava conta da horta e da cozinha. Do Pe Selvaggi fundador do Grupo de Escoteiros. Do Pe Afonso Rodrigues que criou a Associação das Mães Cristãs. Do Pe Garcia com o seu Jeep, percorria a cidade transportando a Virgem Maria nas Procissões do mês Mariano. Não esquecendo do Irmão Gentil que recebia a todos com gentileza no portão da Rua General Osório, fazia jus ao nome.
Recordações dos Mestres, do Pe Maurício Ruffier que lecionava física num laboratório hiper equipado, que dava aulas de astronomia através de um enorme telescópio instalado no telhado do Colégio, e ainda arrumava tempo para pesquisar, com apoio da NASA, a qualidade do ar de Nova Friburgo, medindo até radioatividade. Do Professor Hamilton Werneck que reviveu o grupo de escoteiros, com os seus acampamentos na base do Morro da Cruz. Do Mestre João Corrêa de Souza dando aulas de Artes num studio de fotografia e de cinema, no porão do Colégio, era o orientador dos alunos na construção dos Tapetes de Areia e ainda treinava a fanfarra do Anchieta, que possuia o símbolo do Pica Pau, sucesso nos desfiles de 16 de Maio. Do Mestre Carlos Moreira que coordenava os campeonatos de futebol aos sábados, com os times vestindo camisas dos clubes cariocas. Do Professor Hideo Kato que mostrava sua habilidade e competência no desenho, ele um autodidata. Do Mestre Gabriel Lino Lopes Maia que programou uma viagem ao Sul, passando pelos Colégios Jesuítas de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, até chegar a São Leopoldo – RS para uma visita ao Colégio Anchieta de lá, ele que se tornou Paraninfo dessa turma, muito contribuiu na formação moral do grupo. Do professor Fernando Bohrer, sentado como um Buda na sua mesa, explicando as ligações atômicas da matéria, num espetacular laboratório de química. Do Mestre Spencer que ensinava inglês, via as músicas dos Beatles, dos Rolling Stones e de Simon & Garfunkel. Do Pe Amarante em sua motocicleta percorria as ruas da cidade, rompendo todos os preconceitos da época. E como não lembrar das aulas de matemática, onde o Professor Cláudio Costa cobrava dos alunos a higiene no corte dos cabelos e das unhas, e ainda vistoriava a limpeza dos ouvidos. Do Professor Cícero Monnerat nas aulas de português com sua empatia e carinho, tratando a todos como seus filhos. Mas tinha também aula de austeridade, do coordenador Pe Antônio Rodrigues, que era conhecido como Boitata.
Tantos foram os que contribuíram para o enriquecimento da turma, como:
– Pe Luiz Pecci
– Pe Estanislau Kostka da Silva
– Professora Eliana Yunes
– Professora Jaqueline
– Professora Ledyr
– Professora Maria Rosa de Abreu
– Professor Madeira
– Professor Paulo Folly
– Professor Paulo Roberto Ribeiro da Costa
Por: Dermeval de Assis Pereira. Antigo Aluno (Turma do ginasial de 1968)
