Tecnologia e Saúde Mental no Brasil: Desigualdade Social e Negligência Estatal em Foco (Maio/2024)
O filme “Wall-e”, lançado pela Pixar no ano de 2004, retrata a realidade enfrentada pelas personagens que saíram do planeta e foram morar em uma nave espacial, existindo maior comunicação via online. Seu enredo exemplifica um debate atual e necessário acerca dos impactos negativos das redes sociais em relação à saúde mental do brasileiro. Entretanto, nota-se que as questões sociais são uma das grandes consequências desse impacto no Brasil. Sendo assim, a desigualdade social e a negligência estatal são duas causas referentes a essa problemática.
Primeiramente, é importante dizer que a desigualdade social é decorrente da má conduta governamental, que contribui significativamente para a assistência desse problema no país. Nesse contexto, ao longo da 4º Revolução Industrial, durante o século XXI, o desenvolvimento tecnológico se agravou cada vez mais, além dos preços e da alta quantidade de consumidores brasileiros. Embora seja atual, o alcance dessas novas tecnologias vem sendo de grande alvo das elites no Brasil, ao possuírem preços elevados, possibilitando maiores acessos que acabam contribuindo para grandes vícios proporcionados por “drogas tecnológicas”. Nesse âmbito, é notório que aqueles que possuem maiores condições de disseminarem “on-line” são os que mais sofrem com os problemas de saúde mental, gerados pelo uso dos meios tecnológicos e das redes sociais, e o governo não se responsabiliza pela saúde de partes dos brasileiros que possui pleno acesso às redes sociais por tempo demasiado.
Além disso, é preciso apontar que a negligência estatal é um dos grandes empecilhos às estratégias para redução do impacto negativo das tecnologias na saúde mental nacional. Nessa perspectiva, vale ressaltar que o Artigo 6º da Constituição Federal Brasileira prega que todo cidadão brasileiro deve possuir seu pleno direito à saúde de qualidade. A partir disso, é notável que esse artigo, em grande parte, não é definitivamente empregado, por ainda existir um número abrangente de pessoas que sofrem com as más condições de saúde mental no país, por conta do alto uso dos meios digitais. Nesse sentido, pode-se dizer que o Estado marginaliza as necessidades de redução das redes sociais, que geram vícios prejudiciais à saúde, sem fornecer as condições ideais de saúde aos brasileiros, fazendo com que essa situação seja cada vez mais desvalorizada. Ademais, tem a problemática que evidencia a necessidade de mudanças que garantem a responsabilidade do Estado com as questões de saúde no solo nacional.
Portanto, é explícito que as dificuldades enfrentadas em relação aos impactos das redes sociais em questão à saúde mental dos brasileiros são cada vez maiores. Dessa forma, cabe ao Governo Federal investir em programas para a conscientização da população sobre os riscos fornecidos pelas redes sociais e na intensificação de leis como a do Artigo 6º da Constituição Federal, com o intuito de promover maior acesso à saúde, por meio de parte do seu PIB para que seus novos objetivos sejam aplicados de maneira mais ágil. Com isso, a realidade enfrentada pelas personagens do filme “Wall-E”, não acontecerá mais no Brasil.
Por Heloá Duarte, Aluna da 3ª Série do Ensino Médio