Um ano no Anchieta: quando o trabalho é também missão (Maio/2025)

No calendário, o Dia do Trabalhador marca uma pausa. Um feriado que nos convida à reflexão sobre o valor do trabalho e o papel de quem, todos os dias, dedica tempo, talento e energia para transformar o mundo à sua volta. Neste ano, esse 1º de maio tem para mim um significado ainda mais especial: ele antecede uma data simbólica na minha caminhada — o dia em que completo meu primeiro ano no Colégio Anchieta. Um ciclo que me transformou profundamente, feito de vínculos, escuta e muito aprendizado.

Cheguei ao Anchieta com o coração aberto, trazendo comigo a vontade de contribuir, de somar, de aprender. Vinha de outras experiências na área comercial, mas sabia que, neste novo ambiente — uma escola com mais de um século de história — haveria muito a descobrir. E assim tem sido: um percurso intenso, repleto de descobertas, desafios e encontros que me ensinaram muito mais do que eu poderia imaginar.

O que mais me marcou nesses 12 meses foi o cuidado. Um cuidado que transborda em gestos simples, mas verdadeiros. No Anchieta, o tempo tem outro ritmo: ele é vivido com presença. E isso faz toda a diferença. Descobri que trabalhar aqui é estar em constante aprendizado. É ser desafiada e acolhida ao mesmo tempo. É crescer junto com os alunos, com os colegas, com a missão.

Ao longo desse ano, participei de encontros, celebrações, visitas, lançamentos, reflexões… Mas mais do que os eventos, foram as relações que se construíram que fazem esse tempo valer tanto. A cada dia, fui compreendendo mais profundamente o que significa trabalhar em uma escola da Companhia de Jesus: é colocar o coração em tudo que se faz, é escutar com atenção, agir com responsabilidade, e contribuir, ainda que em pequenos gestos, para a formação de pessoas que farão diferença no mundo.

Hoje, olhando para trás, só posso agradecer. E, olhando para frente, só posso renovar meu compromisso com tudo que essa casa representa. O Anchieta me acolheu com braços abertos, e aqui encontrei não apenas um espaço de trabalho, mas um lugar de pertencimento.

Neste Dia do Trabalhador, celebro com gratidão o privilégio de atuar em um colégio que entende o trabalho como serviço, e o serviço como expressão do amor. Que venham muitos outros ciclos — com mais sentido, mais cuidado e mais caminhos compartilhados.

Por Ingrid Medeiros Pinto, SEECOM