Ocorrida no século XVIII, tendo a Inglaterra como pioneira, a primeira Revolução Industrial transformou para sempre o mundo e a sociedade, sendo responsável por criar os moldes que deram origem ao atual modelo de capitalismo e de relação do homem com o meio ambiente. Entretanto, tal sistema econômico, que influencia também as esferas política e social, cego pelo lucro e pelo consumo, coloca a natureza em detrimento, utilizando-a de maneira predatória e insustentável. Diante desse cenário, é de suma importância destacar o desequilíbrio ambiental e a redução da qualidade de vida como principais impactos gerados pelo atual uso das tecnologias em relação ao meio ambiente, bem como é necessário analisar como essas inovações podem, por outro lado, ajudar o planeta.
Nessa perspectiva, o uso irresponsável das tecnologias, especialmente a serviço da geração e do acúmulo de capital, causa a destruição do meio ambiente. Isso ocorre porque as formas de produção utilizadas em larga escala na atualidade se baseiam no uso de derivados de hidrocarbonetos fixados nas profundezas da terra, pela decomposição de matéria orgânica há milhares de anos, principalmente no chamado período Quaternário da escala do tempo geológico. Dentre essas formas de carbono estão o petróleo e o gás natural, que originam os plásticos e os principais tipos de combustíveis, os quais, além de levarem séculos para se decompor, quando queimados, liberam os “GEEs” – gases de efeito estufa, que promovem o “aquecimento global”, responsável pela alteração do clima e dos ciclos biogeoquímicos, colaborando, inclusive, para a diminuição da biodiversidade. Diante dessa problemática, inovações voltadas para a sustentabilidade podem mitigar tal degeneração ambiental.
Ademais, o atual modelo de uso das tecnologias em relação ao meio ambiente gera impactos também na humanidade. Tal situação acontece devido ao fato de que as alterações climáticas causadas pela relação predatória com a natureza afetam mutuamente a vida das pessoas ao provocarem bruscas alterações nas temperaturas e intensificarem os desastres “naturais”. Um claro exemplo disso foi o ocorrido recentemente no Rio Grande do Sul, em que diversas cidades foram alagadas em consequência das fortes chuvas, que causaram a morte de muitos e colocaram inúmeros em situação de extrema vulnerabilidade. Nesse sentido, o uso predatório dos recursos naturais e das inovações para fins exclusivamente monetários ameaça o bem-estar, a segurança e a vida das pessoas.
Portanto, é evidente a necessidade de se reverter a maneira de usar as tecnologias na relação entre homem e natureza. Para isso, as grandes multinacionais e empresas, como “Samsung”, “Meta” e “Apple”, devem desenvolver inovações que conciliem sustentabilidade e produção, tornando isso seu principal objetivo. Isso deve ser feito por meio de pesado investimento em pesquisas e estudos nessa área, a fim de acelerar a concretização dessa urgente demanda. Dessa maneira, as tecnologias poderão finalmente ajudar o planeta, e não o destruir.
Por Emi Matsumoto, Aluna da 3ª Série do Ensino Médio.
